Trinta anos depois de iniciar a sua atividade, os herdeiros deparam-se com uma situação financeira que se acumulou ao longo do tempo, sem que ninguém tivesse interpretado os sintomas.
A crise que persiste em Portugal obrigou credores, fornecedores e bancos a rever as suas regras de concessão de crédito, e ” fecharam a torneira que esteve 30 anos a pingar”.
Neste contexto apresentaram um Plano de Recuperação da farmácia.
Farmácia dos Olivais–Plano Recuperação
Espera-se que os credores aprovem este plano, por forma a que todos possam ainda vir a receber uma parte do que aqui arriscaram investir.
Em linhas gerais e muito resumidamente, o plano consiste no seguinte:
- Este plano respeita os créditos dos trabalhadores na íntegra e prevê o seu pagamento em prestações compatíveis com a viabilização da empresa, a farmácia.
- Perante o Estado, o plano respeita a indisponibilidade dos créditos tributários, pelo que as condições solicitadas, são em abstrato permitidas para qualquer entidade com dívidas ao Estado.
- O plano também prevê o pagamento integral mas espaçado aos credores que beneficiam de garantia do penhor do alvará da farmácia, um perdão da quase totalidade dos seus créditos.
- Para os fornecedores comuns que forneceram sem quaisquer garantias, o plano prevê o perdão da maioria dos seus créditos comerciais.
João PM de Oliveira, Consultor
Estratégias na R€-estruturação de Passivos